A Formação Integrada (como desígnio estratégico) nas Organizações

Quando falamos em investimento em Formação a nossa questão junto dos responsáveis das empresas e instituições é sempre a seguinte:
Qual o propósito? Quais as expetativas que pretendem alcançar? Como pode a formação assegurar os objetivos propostos? A pergunta mais crítica acaba sempre por ser: para quê?

A resposta a muitas destas questões, é habitualmente, antes de qualquer outro aspeto, sobre o contexto em que a formação é pretendida, os objetivos e os resultados para que a formação deve conduzir as pessoas. Mas isto será suficiente?

Há que se entender que na maioria das vezes e nos casos de treino e projetos de maior abrangência, não há formação sem compromisso e envolvimento de toda a organização. Sendo que as vertentes do acompanhamento, seguimento, avaliação e ajuste são fundamentais e o que leva à excelência dos resultados verificados ao longo do tempo. A melhoria do desempenho e a mudança de comportamentos não ocorre da noite para o dia, o trabalho deve ser acompanhado, e os resultados partilhados com a equipa e as chefias. No desenvolvimento da formação e preparação das pessoas nas empresas e instituições, cumprindo os objetivos formativos, olhamos para cada um, as ferramentas que vão ser necessárias e posicionamos todos os aspetos formativos de acordo e à medida do que é preciso fazer.

Cada momento formativo deve ser uma experiência única, oferecer algo novo, ou atualizar o conhecimento e as ferramentas de que cada um dispõe, para que possa fazer melhor e estar cada vez mais bem preparado, e com as mesmas, saber ser e saber fazer cada vez melhor.

A Formação necessita de acompanhamento, treino e aplicação no ambiente de trabalho.
As sessões de formação e treino necessitam de ser integradas dentro das organizações de forma simples e adaptadas às necessidades atuais das pessoas, com foco no conhecimento e na aprendizagem recebida em sala ou noutro ambiente formativo.
Para que a formação possa chegar a resultados, é necessário aperfeiçoar as competências das pessoas, e cada competência só se torna necessariamente uma competência quando possa ser observada em ação e com resultados eficazes. É o treino que aperfeiçoa as competências, que consegue que os objetivos sejam superados e conquistados.Podemos dizer que o treino e a Formação são vistos como solução e como uma resposta natural para motivar e melhorar o desempenho das pessoas.

Devemos reforçar uma série de fatores importantes:

Em termos de treino e formação, os Instrutores têm um papel de facilitadores efetivos e com acesso obrigatório a conteúdos essenciais de rigor, científicos e comprovados.
A definição de estratégias para preparar recursos para apoiar na formação e treino é basilar. Assim como a definição de estratégias de aprendizagem ajustadas ao público a quem se destinam as ações. Sejam elas experiências de conversa face-to-face ou pelo canal digital.
A facilitação no acesso a moderadores / facilitadores e coaches, durante e depois das sessões, através das tecnologias possíveis, de treino colaborativo, etc.
A comunicação deve ser empática e transparente, perante uma audiência exigente e especializada. Esta tem necessidades específicas e expectativas previamente ponderadas, o que acresce também exigência ao trabalho conjunto que se desenvolve com as equipas. Estas expetativas devem ser sempre realizadas.
Trabalhar-se de forma eficaz com o grupo presencialmente ou remotamente sempre no sentido facilitador, implica ter em conta as tecnologias e ferramentas de colaboração, e os seus benefícios, as exigências do trabalho, seja em termos de horários, rotatividade, necessidades particulares do grupo e se necessário, criar novas estratégias para novas formas de trabalho e formação.
O planeamento cuidado de soluções de formação e treino é de facto, a razão do sucesso da Ação, a par do momento da própria Ação de Treino.
No momento da ação, é fundamental dar importância acrescida ao grupo com quem se vai trabalhar, ao treino propriamente dito e especialmente, ao fundamental “Conteúdo” da mensagem que se vai transmitir.

O aumento do desempenho das pessoas e a criação de talento depende disso.

Para que tal seja possível, cumpre que as organizações estejam atentas a estas questões:

Definição clara dos objetivos da formação, integrados na estratégia da organização.
Identificação clara das necessidades a serem satisfeitas.
Contextos onde se aplicam as aprendizagens adquiridas.
Envolvimento de todos os implicados na formação e treino.
Compromisso dos líderes da organização no acompanhamento dos processos e na definição das metas a serem alcançadas.
Preparação, planeamento e programação das atividades após a formação (Plano de Ação), incluindo o Treino em ambiente de trabalho.
Acolhimento dos formandos por parte dos seus líderes após a formação.
Avaliação dos resultados para a organização entre 3 a 6 meses no pós formação.
Feedback dos resultados alcançados.
Planeamento de próximos passos necessários.

Desta forma, poderemos perceber até onde a formação pode ser vista como desígnio estratégico das empresas e organizações.

Diria que através das pessoas com potencial e competências basilares nas suas áreas de atuação, com foco no que se pretende alcançar e com o envolvimento de todos, se fará com que o investimento em formação, seja convertido em resultados excecionais e na excelência das pessoas em termos de crescimento e valor.